domingo, 6 de janeiro de 2008

O verbo, outro ser sem corpo. Reconhece-lo?
"memórias que dariam vontade de fazer troça a quem está de fora e para nós tao doces"
"o dia se prolonga ainda numa espécie de luz que demora a dissolver-se nas árvores,..."
"a mao descobre zonas misteriosas, terras de que a gilete depilou a margem,..."
"um sorriso imenso, carnívoro"
"sai uma rapariga com uma tal harmonia de movimentos, (...) que parece fender o ar como um navio, que se assemelha a uma longa corda a desenrolar-se."
"comemos silêncio o tempo inteiro e conservo comigo esse sabor. É igual à morte: dói, depois amansa."


Reencontro com o meu adorado António, o Lobo Antunes. Foi ontem e hoje, no caminho de volta. Até me custa ler este livro, porque sei que vai acabar depressa e quero que dure.

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