sexta-feira, 28 de março de 2008

Coisas primeiras. Entre os textos do meu pai:

Da primeira elegia de Duino

Bem certo, deve ser estranho não habitar mais a Terra,
Não recorrer mais a hábitos apenas adquiridos,
Não dar mais às rosas e às promessas de outras coisas
A significação de um futuro humano;
Estranho não se ser mais o que se foi no infinito cuidado
Das mãos, e abandonar até o próprio nome
Como um pobre brinquedo jogado.
Estranho não mais desejar desejos. Estranho
Ver tudo o que foi laço, no espaço flutuar
Desfeito. Coisa difícil é estar morto;
E cheia de ressurreições, pois que há sempre para nós
Um prenúncio de eternidade....

R.M.Rilke

quarta-feira, 26 de março de 2008

La colère des dieux, dans un Arles hors du commun


quinta-feira, 20 de março de 2008

Ontem a morte roçou-me duas vezes.
Hier la mort m'a frôlé deux fois.

terça-feira, 4 de março de 2008

Aos corpos inalteraveis do nosso amor

Dia 4. Para a P.
Eu digo porque sei, e tu disseste, que o tempo é vertical e estamos. Saio aqui da escola e encontro-vos ainda a descer a rua ao lado da praça.
Tudo é tanto e ao mesmo tempo.



Num exercicio contra a hora teatral da posse.