segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A minha bola de pêlo quase esfíngica dorme de pé.
Está encima da mesa da cozinha, ou da parte da sala que faz de cozinha. Aí a uns dois metros de mim vigia, na tolerância da sua sesta, os meus trabalhos aqui no computador.

O principio. A cabeça começa a dar voltas. Ainda não poisou e temo que levará um certo tempo até chegar a algum porto desde onde possa zarpar.

Na escola encontrei a rapariga (Guillemette) que durante meses segui a través do seu blog. E com a qual aprendi algumas coisas sobre esta terrinha.
Uma terrinha, que há que dizê-lo, de tempo indeciso. Isto começa escuro, chove, sopra vento, está frio, fica limpo, raia o sol, mangas curtas, abandono do casaco, volta a chover, galochas, e por aí adiante.


Aqui está um mapa de Arles. A casa e a Escola estão a dois passos. Como quase tudo em Arles.




Porque o trabalho vai mudar, aqui fica de uma forma organizada 50% do meu último trabalho fotográfico. Foi também este o apresentado á escola, durante os exames. É muito formal, mas deu um gozo tremendo. Quando terminei, com distância, descubriram-se muitos simbolos, mais do que aqueles que eu procurei que se vissem.
Eu estava então ás portas da escola.
Agora já avancei um passo.



Hommage à «Au Tambour» d’Eugène Atget.

«Au Tambour» est une photographie de l’entrée d’un petit café où la lumière projette le reflet de la ville sur les vitres.La porte est fermée, personne ne passe ni entre au moment de la prise de vue et cependant le spectateur a l’impression de voir ce qui se passe à l’intérieur, grâce aux indices et aux espaces interstitiels qui énoncent les faits.
L’ensemble de photos ici présenté est une quête photographique de la construction formelle de dix images poursuivant un but semblable à celui d’Atget en ce qui concerne la présence de l’indice dans une image.
Chaque image est construite à partir d’une même composition. Ce sont des prises de vue frontales, géométriquement encastrées dans le format carré, recherchant une neutralité. L’importance est consacrée, premièrement, à ce qui est au-delà, devant l’appareil photo. Cependant, parfois l’espace intermédiaire s’élargit et il y a une énonciation de ce qui est derrière le photographe.
Le sujet est toujours la porte, selon la photographie d’Atget. La porte, un élément symboliquement lourd et c’est la voie, la frontière et la transition mais toujours par rapport à l’être humain.


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